terça-feira, junho 22, 2010

A LÓGICA PORTUGUESA!!!

Brasileiro faz piada com português, por não entender que os dois povos têm
lógicas diferentes.
O português é mais literal, cultiva um preciosismo de sintaxe. Vejam só:

Uma conhecida dirigia por Portugal, quando viu um carro com a porta de trás
aberta. Solidária, conseguiu emparelhar e avisou: - "A porta está aberta!"
A mulher que dirigia conferiu o problema e respondeu irritada:
- "Não, senhora.  Ela está mal fechada!"

Outro brasileiro, conhecido nosso, estava em Lisboa e numa sexta-feira
perguntou a um comerciante se ele fechava no sábado. O vendedor disse que
não. No sábado, o brasileiro voltou e deu com a cara na porta. Na
segunda-feira, cobrou irritado do português:
- "O senhor disse que não fechava!"
O homem respondeu: - "Mas como vamos fechar se não abrimos?"

Trata-se realmente de um povo admirável, que tem mais cuidado com a língua
pátria do que com a lógica, daí as piadas...

Um amigo jornalista hospedou-se há um mês num hotel em Évora. Na hora de
abrir a água da pia se atrapalhou, pois na torneira azul estava escrito "F"
e na outra, preta, também "F". Confuso, quis saber da camareira o porquê dos
dois "efes". A moça olhou-o com cara de espanto e respondeu, como quem fala
com uma criança:
- "Ora pois, Fria e Fervente."

Acrescento o acontecido com o meu amigo Pompilho. Em Lisboa, a passeio,
resolveu comprar uma gravata. Entrou numa loja
do Chiado (bairro de lojas finas) e, além da gravata, comprou ainda um par
de meias, duas camisas sociais, uma polo esporte, um par de luvas e um
cinto. Chorou um descontinho, e pediu para fechar a conta. Viu então que o
vendedor pegou um lápis e papel e se pôs a fazer contas, multiplicando,
somando, tirando porcentagem de desconto, e aí intrigado, perguntou:
- "O senhor não tem máquina de calcular?"
"Infelizmente não trabalhamos com electrónicos, mas o senhor pode encontrar
na loja justamente aqui ao lado..."

Acho que ainda posso acrescentar mais uma historinha. Meu irmão morou por um
ano em Estoril e contou-me que lá, num certo
dia, meio perdido na cidade perguntou ao português:
- "Será que posso entrar nesta rua para ir ao aeroporto?"
- "Poder o senhor  pode, mas de jeito algum vai chegar ao aeroporto ...."

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